terça-feira, 2 de dezembro de 2014

10ª Postagem - Sinalização Celular e Câncer

Chegamos a última postagem!  Hoje trataremos do câncer e sua relação com a sinalização celular. Para iniciar convém definir o que é câncer, é um termo usado para designar diversas patologias que acometem diversas partes do organismo, mas que possuem características em comum: as células tumorais apresentam desregulação dos mecanismos de controle de crescimento e proliferação, esse descontrole está comumente relacionado a alterações no DNA. Assim, essas alterações podem ser passadas as células filhas e gerando várias células anormais. 
É preciso deixar claro que o desenvolvimento do câncer está relacionado a diversas descontroles nos mecanismos celulares, como maior resistência a apoptose. Essas desregulações é um reflexo de alterações em proteínas constituintes das vias de sinalização celular. Tão logo, um maior entendimento dessas vias de sinalização são importantes na busca por mecanismos terapêuticos mais eficazes. Pois o câncer é atualmente umas das patologias que mais tem óbitos no mundo.  Na cidade de Teresina, de acordo como INCA - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva,  teremos 710 novos casos de câncer em 2014 e no estado do Piauí serão 2670. (Observe na imagem abaixo para ver o tipos de câncer que mais acomete os teresinenses e piauienses, clique na imagem para ampliar):

  


Nós vamos utilizar como exemplo o câncer colateral para vermos como funciona a relação entre a sinalização celular e o câncer. (Acompanhe a explicação na imagem abaixo)
O gene supressor APC está alterado em cânceres CCR , essas alterações no gene APC levam à perda de função da proteína APC, e elevando os níveis de proteína ß‑catenina no citoplasma e núcleo, esses fatores desregulam a via de sinalização Wnt/b‑catenina.  Esse acúmulo de b‑catenina no citoplasma e sua ida ao núcleo interage com o fator celular TCF/LEF e que regulam a atividade de genes como C‑MYC e MMP9, que promovem o aumento da proliferação de células, característica comum do câncer. Outro fator que promove a proliferação celular é a ativação do RAS que promove a ativação por fosforilação da via ERK1/2, esta induz a Ciclina D1, que é um dos responsáveis pelo aumento da proliferação celular. Além disso, a RAS pode também ativar a via P13K, que está relacionada ao aumento da sobrevivência celular.
Cabe ainda citar as Rho GTPases, que estão relacionadas com a sinalização que regula a reorganização do citoesqueleto de actina .  A primeira proteína efetora de Rho identificada foi a ROCK. ARho GTPases modulam o citoesqueleto de actina, que aumentam o potencial migratório, invasivo e metastático das células tumorais. 
E os fármacos?
A inibição da proteína quinase MEK, pelo inibidor GSK1120212, tem contribuído para estabilização da síndrome mielodisplásica em aproximadamente 54% dos pacientes tratados . Além disso, o inibidor TIC10, o qual inibe ambas as vias de sinalização Akt e ERK1/2, atua como potente agente antitumoral. Contudo, poucos estudos relacionam a inibição da via de sinalização regulada pela Rho GTPase com o tratamento antitumoral.
Através do que observamos no paragrafo anterior é que concluímos a importância de se entender as vias de sinalização afetadas ou ativada com o câncer, para que se encontra mecanismos terapêuticos cada vez mais eficientes. Tudo isso pode contribuir para um tratamento menos agressivo para os pacientes com câncer. 
 "E não se esqueça, previna-se do câncer, tenha uma  alimentação saudável, distância do cigarro, faça atividade física e controle seu peso. São medidas simples que podem fazer a diferença!"

Referência: 
http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v66n1/a13v66n1.pdf
http://www.inca.gov.br/estimativa/2014/estimativa-24042014.pdf