A insulina regula tanto o metabolismo de enzimas sensíveis quanto a transcrição de determinados genes.
O receptor de insulina consiste de duas cadeias α idênticas que estão localizadas na parte de fora da membrana plasmática, e de duas cadeias β dentro da membrana (olhe a figura). As cadeias α possuem o local de ligação da insulina, enquanto o β é o local que ocorre a fosforilação de proteínas especificas, assim é considerado uma proteína quinase, que é responsável por fosforilação de diversos substratos.
E como isso ocorre?
A ligação da insulina na cadeia α promove a dimerização do dímero αβ, esse processo acarreta a fosforilação da Tyr, que é uma subunidade da cadeia β, observe na imagem que para esse processo é usado o fosfato do ATP. Tão logo o processo é uma autofosforilação, ativando o domínio da tirosina quinase que então catalisa a fosforilação de outras proteínas-alvo.
Agora observe nessa outra imagem toda a cascatas de enzimas ativadas que depois ocorre. Veja que ela se finaliza com a transcrição gênica, para promover mudanças na célula.
Assim o resultado de um catalisador que ativa um segundo catalisador, que ativa um terceiro catalisador é uma cascata de sinalização que amplifica o sinal inicial em várias ordens de grandeza.
Como pode se observar todo esse processo pode causa inúmeras respostas a insulina, mas essas respostas podem ser divididas em grandes grupos:
- A insulina anula a fosforilação estimulada pelo glucagon;
- A insulina trabalha através da cascata de fosforilação que estimula a fosforilação de diversas enzimas;
- A insulina induz e reprime a síntese de enzimas específicas;
- A insulina age como fator de crescimento e tem um efeito usual estimulatório na síntese de proteínas;
- A insulina estimula o transporte de glicose e aminoácidos para o interior da célula.
Quando esses receptores de insulina não estão funcionando corretamente podem dar origem a Diabetes Mellitus. Que podem ser de dois tipos, a do tipo 1 não está relacionada com os receptores de insulina, visto que o problema é decorrente da baixa produção de insulina pelas células β do pâncreas. Já a tipo 2 ocorre a resistência a insulina que pode ser ocasionada pela mutação de seus receptores, que ocasiona a deficiência de transporte de glicose para dentro da célula. Os sintomas da diabetes podem incluir: poliúria (aumento do volume urinário); polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos); polifagia (apetite aumentado).
Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes_mellitus
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27302006000200022&script=sci_arttext
Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes_mellitus
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27302006000200022&script=sci_arttext
Bioquímica médica básica de Marks / Colleen Smith, Allan D. Marks, Michel Lieberman ; tradução Ângela de Mattos Dutra ... [et al.] – 2.ed. – Porto Alegre : Artmed, 2007.
NELSON, D. L.; COX, M. Lehninger – Princípios de Bioquímica. 3ed. São Paulo: Sarvier, 2002